A minha escola adopta o Panteão

Este é o título que dá sentido ao Protocolo assinado entre Escola Profissional Almirante Reis, a Casa Pia de Lisboa e o IPPAR (Instituto Português do Património Arquitectónico), em Dezembro de 2006.
Este acordo visa um trabalho concertado entre as instituições envolvidas e troca de conhecimentos modo a potencializar a interacção entre os espaços de cultura, neste caso o Panteão Nacional e os Serviços de Educação e Animação. O trabalho em torno do Panteão Nacional pretende que todos os envolvidos promovam a sensibilização e a valorização do património, integrando a temática nos Planos de Estudo.

Mas quem lucra com este acordo?TODOS!!! A escola (alunos e professores) e Monumento pela sua divulgação.

Todos lucram, não financeiramente mas em termos humanos, de desenvolvimento pessoal e social, de exercício da cidadania, agindo com e para a preservação do Património construído. Para os alunos, através deste acordo, é-lhes dada a oportunidade de realizarem estágios profissionais e de desenvolverem outro tipo de actividades, tais como a organização de visitas, a criação de projectos informáticos, exposições e itinerários turísticos, partindo do Panteão e meio envolvente. Este, além de fornecer meios materiais, participa também na formação pedagógica dos alunos, na criação de visitas de estudo e na ajuda da realização de trabalhos de pesquisa. O estágio fornecido pelo Panteão Nacional é muitíssimo importante pois é o corolário de todos os pontos essenciais do protocolo, formação, conhecimento e valorização do património. Tudo isto vai permitir atingir o objectivo principal do protocolo, a saber: troca de conhecimentos e valorização da cultura e educação, adquirindo novas competências.

IPPAR :Neste Protocolo cabe ao Instituto Português do Património Arquitectónico

Através deste protocolo ficou assente que o IPPAR faculta o acesso ao monumento, Panteão Nacional, a professores e alunos no intuito de promover e desenvolver a formação, pela fruição do monumento e em estreita articulação com as disciplinas dos diferentes cursos, nomeadamente as do domínio artístico e das que integram a Formação Técnica dos cursos de Turismo ( no caso da EPAR). As visitas têm de ser planeadas e organizadas de modo a que haja uma melhor interacção entre as instituições. As visitas podem serem organizadas pelo Panteão ou pelos docentes e alunos das escolas, abordando a história e arquitectura do monumento e/ou vida e obra das individualidades que tiveram a honra de ser trasladadas para o Panteão ou nele são homenageados. Ficou ainda estabelecido que IPPAR forneceria toda a informação e acompanhamento necessários ao desenvolvimento de projectos e ajuda de contactos com outros organismos, nomeadamente monu mentos e museus nacionais.Conforme estava definido no Protocolo com o IPPAR criaram-se as condições para que possam ser feitos estágios no Panteão Nacional, tanto para alunos de turismo, como para alunos de informática, podendo ainda estes estágios ser frequentados por alunos de outros cursos.
O IPPAR assegurará uma equipa de trabalho, entre o Panteão e as escolas. A equipa de trabalho integra representantes das escolas e do

Panteão de forma a desenvolver, supervisionar e avaliar o Projecto. Este projecto decorrerá sob a tutela da Directora do Panteão Nacional.

Escolas Profissionais :obrigações e Deveres

No caso das escolas profissionais, a EPAR (Escola Profissional Almirante Reis), ficou assente que esta iria integrar o projecto de actividades curriculares, com os cursos de Turismo e de Informática, conforme o plano de actividades estabelecido no protocolo. A EPAR tem de desenvolver actividades de reconhecimento e de estudo no Panteão Nacional, tais como visitas de estudo, de modo a permitir a fusão de actividades programadas, como a criação de itinerários e organização de exposições temporárias sobre o Panteão e a sua história. Além do que ficou referido, a EPAR tem ainda o objectivo de sensibilizar os alunos para as actividades extracurriculares através da participação e da constituição do “Clube do Panteão “, interagindo assim com estabelecimentos de ensino que participem neste programa «A minha Escola adopta o Panteão Nacional »।

Esquema de articulação disciplinar – Este esquema representa o contributo das diferentes áreas curriculares dos cursos de Técnicos de Turismo e de Informática para o projecto, em curso. Nele podemos ver, claramente, que este foi integrado na vida curricular e extra-curricular, visando um trabalho de investigação-acção e de relação entre o saber teórico e o saber em acção.

A Casa Pia de Lisboa, através do Colégio D.Maria Pia é outro dos parceiros deste projecto. Tal como aconteceu com a EPAR o Colégio D.Maria Pia integrou o projecto nas actividades curriculares dos alunos, dos diferentes cursos e níveis de escolaridade, realizando, ainda, ateliers (expressão plástica, fotografia, teatro...).
OS alunos do curso Básico de Artes Visuais (3º AV) preparando os trabalhos da sua Prova de Aptidão Profissional que será apresentada no Panteão Nacional no dia 18 de Abril de 2007(Dia Internacional dos Monumentos e Sítios).
O Colégio D.Maria Pia, no âmbito do projecto tem vindo a desenvolver actividades de reconhecimento e estudo do Panteão Nacional, através de visitas de estudo, de recolha de imagens fotográficas( atelier de fotografia). Das actividades propostas destaca-se, ainda, o desenvolvimento de trabalhos na área da escrita criativa, através do Teatro ( encenação da Lenda do Simão Sólis – inserir fotografia do Teatro) e da expressão plástica ( Estudo do Cartaz para o Dia Internacional dos Monumentos e Sítios e realização de exposições no Monumento).

O Esquema - apresenta o contributo das diferentes disciplinas e áreas curriculares dos diferentes cursos e níveis de escolaridade, numa perspectiva de trabalho transdisciplinar.

Este projecto envolveu, ainda, no Colégio D.Maria Pia, os cursos de marcenaria e Carpintaria, o curso de Cozinha e Pastelaria ( que no dia 18 de Abril de 2007- Dia Internacional dos Monumentos e Sítios – serviu os lanches para todos os que, nesse dia, estiveram na Festa do Panteão Nacional) .




Podemos dizer que este projecto é TODA UMA COMUNIDADE ESCOLAR que se dedicou a um tema –qual o seu reflexo nessa comunidade? Que melhorias levou para as aprendizagens? Estas e outras questões poderão ser-nos colocadas – até agora o nosso balanço é positivo.

Experiências de alunos da EPAR actividades feitas pelos alunos Colégio D.Maria Pia

Os alunos da EPAR tiveram a oportunidade de ganhar uma experiência profissional através do estágio no Panteão Nacional estabelecido no Protocolo entre EPAR e IPPAR. Para Mauro Santos, Manuel Anjos e Maria da Conceição Barros da turma 11º TT, houve unanimidade ao afirmar que “ o estágio foi muito produtivo। A diversidade de funções realizadas no Panteão foi também muito produtivo.” Para estes alunos o facto de estarem a executar diferentes funções, fez com que o trabalho não fosse monótono e tivessem uma maior motivação. Para Manuel Anjos, “O estágio não foi maçudo, porque tivemos sempre a realizar tarefas diferentes, tivemos a oportunidade de estar na loja, na recepção na bilheteira e no serviço de animação, onde fazíamos visitas guiadas para diferentes tipos de publico. Trabalhar com públicos diferentes foi uma experiência enriquecedora, porque trabalhámos com invisuais, crianças trissomia 21, alunos das mais variadas escolas e idosos.” Mauro Santos diz ainda que “ o acompanhamento que tivemos por parte do coordenador e dos funcionários foi muito bom, pois foram pessoas muito prestáveis e ajudaram sempre de uma forma exemplar. Fizeram com que nos sentíssemos em casa e nos adaptássemos rapidamente ao local de trabalho.” Um dos pontos que Mauro Santos e Manuel Anjos referiram e que vai de encontro aos objectivos do Protocolo, foi o terem ganho “um conhecimento maior sobre a história do Panteão e dos monumentos adjacentes a este”. Outro ponto que vai de encontro aos objectivos do protocolo foi terem concebido um itinerário turístico com a EPAR, como nos refere Mauro Santos: “fizemos uma visita guiada no Panteão para que os alunos da EPAR, nossos colegas, pudessem conhecer melhor a história do Panteão”.Acerca deste protocolo eles consideram que este foi muito proveitoso porque possibilitou o estágio destes alunos no Panteão e um maior conhecimento sobre os monumentos e personalidades históricas de Portugal, tal como nos referem: “ foi satisfatório, pois o Panteão fica com muito boa ideia sobre os estagiários e a sua formação e fará com que tanto o IPPAR, como a EPAR, estabeleçam protocolos entre ambas, mas também protocolos com outras instituições, devido ao sucesso até a data.” e também que “ O protocolo entre a EPAR e o IPPAR é bom porque, por exemplo, para os alunos tem vantagem de conhecer história de Portugal e o que o rodeia.” diz nos Maria Conceição Barros. Como forma de conclusão, os alunos exprimiram que “O estágio foi muito importante porque tivemos a oportunidade de trabalhar de uma forma prática e não teórica e por isso valeu a pena.”

Actividades feitas pelos alunos Colégio D.Maria Pia

No âmbito das COMEMORAÇÔES do DIA INTERNACIONAL DOS MONUMENTOS E SÍTIOS a Escola Profissional Almirante Reis e o Colégio D.Maria Pia mobilizaram-se ( alunos – professores – técnicos das duas escolas e do Panteão nacional) para uma grande festa que se realizou no Panteão.
Os alunos do Curso de Turismo da EPAR conceberam e realizaram itinerários turísticos “ do Panteão Nacional ao Museu do Azulejo” e do “ Museu do Azulejo ao Panteão Nacional”- Estes itinerários foram orientados pelos alunos que realizaram estágio no Panteão Nacional e no Museu do Azulejo, realizando visitas guiadas para os jovens alunos das duas escolas.

Os alunos do curso do 3º ano de Artes Visuais , do Colégio D.Maria Pia , apresentaram no Coro Alto do Monumento um projecto de resolução cenográfica, a partir do estudo do monumento e da vida e obra de três das personalidades com honras de Panteão ( Vasco da Gama, Luís Vaz de Camões e Amália Rodrigues), tendo estruturado um Guião que estabelece a ligação entre elas: O Sonho, a Memória e a “Viagem”. Esta exposição mostra o trabalho da Prova de Aptidão Profissional dos alunos do curso de Artes Visuais e teve a colaboração dos alunos do curso de Marcenaria e de Carpintaria que trabalharam as estruturas de madeira que se encontram na exposição.

Fotos da Exposição

Neste dia tivemos música



No corpo central do monumento actuaram :


A banda do Colégio D.Maria Pia, orientada pelos maestros Francisco Conceição e Luís Joaquim Fonseca ;




Os professores Tiago Balsinha e Francisco Conceição e Luís Joaquim Fonseca interpretaram algumas peças barrocas em Fagote e Flauta Tranversal;













O grupo de Flautas orientado pelo prof.António Rascão;













A Joana Horta interpretou uma peça musical " Passado e Presente"








No Coro Alto, durante a inauguração da exposição o Ângelo Freire e Marco André tocaram Guitarra Portuguesa e Viola de Fado, criando uma ambiente de sonho e magia.

No fim do dia foi a festa no Terraço do Panteão com a apresentação da peça “ O desacato” encenada pelo prof. Ricardo do colégio D.Maria Pia.






Seguindo-se uma actuação do Coro Juvenil orientado pelo prof. Rascão e por fim todos podemos saborear um MARAVILHOSO!!! Lanche que nos foi oferecido pelos alunos do curso de Cozinha e Pastelaria, do Colégio D. Maria Pia – BEM HAJAM!!! Foi um belo dia... com muito SOL e uma vista maravilhosa sobre a cidade de Lisboa que só o Panteão Nacional nos pode oferecer.



QUISEMOS AQUI DAR A CONHECER UM PROJECTO que nos deu muito prazer desenvolver durante este ano lectivo – ele vai continuar e gostaríamos de poder contar com outros contributos e partilhar o nosso projecto com outros colegas .


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